Acompanhamento da maturação e vinificação das castas Arinto e Trincadeira na Adega Mayor.

Abstract

O presente trabalho realizado na Adega Mayor teve como principal objetivo estudar diferentes processos de vinificação com curtimenta, em tinto e em branco, de modo a obter diferentes perfis de vinho e a perceber se os mesmos podem ou não ser interessantes para a realidade da Adega Mayor, bem como em que gamas se poderiam enquadrar, tendo em conta o panorama comercial atual. Para tal, acompanhou-se a evolução da maturação da casta tinta ‘Trincadeira’ e da casta branca ‘Arinto’, e a sua vinificação. Foram realizados ensaios de vinificações mais ancestrais (talha de barro, lagar e barrica de carvalho) e outros mais modernos (maceração carbónica e manta submersa), expondo uvas de ambas as castas às mesmas condições ambientais. Para base de comparação, seguiu-se a vinificação padrão (à escala industrial) utilizada na Adega Mayor para brancos e para tintos, com tecnologia de controlo de temperatura durante a fermentação. Após o término da fermentação alcoólica todas as variantes foram analisadas do ponto de vista físico-químico e sensorial, de modo a perceber se poderiam ou não ser vantajosas, aportar mais-valia e enriquecer ou diferenciar uma determinada gama ou um determinado vinho em particular. Segundo os resultados obtidos neste trabalho, podemos constatar a importância de uma boa maturação das uvas e também o efeito que diferentes formas de vinificar podem originar no resultado final de uma mesma casta. Foi possível constatar que os métodos de vinificação industriais modernos são eficazes na obtenção de vinhos de qualidade, no entanto, os métodos alternativos analisados revelaram-se interessantes a vários níveis, tornando viável o seu enquadramento em diversas gamas comerciais na realidade da Adega Mayor.