Influência da educação alimentar na melhoria dos hábitos alimentares em crianças do JI e do CATL da cidade do Cartaxo

Data

2012

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Editora

IPCB. ESA

Resumo

Introdução: Nos últimos anos, em Portugal e um pouco por todo o mundo, tem sido detetado um aumento da prevalência de excesso de peso e obesidade em crianças e jovens. A preocupação é ainda maior visto que, a obesidade na infância tende a persistir na idade adulta, constituindo um fator de risco para o aparecimento de diversas doenças crónicas. A melhoria dos hábitos alimentares parecem ser fatores determinantes no tratamento da obesidade. Vários estudos têm demonstrado que, é no período da infância que se inicia a adoção de hábitos e comportamentos alimentares, daí ser importante aplicar intervenções educativas nesta etapa da vida. Estas intervenções permitem uma atuação nos diferentes agentes intervenientes da educação, vigilância e meio ambiente das crianças, de forma a prevenir e contrariar a taxa de crescimento da obesidade. Objetivos: Avaliar o estado nutricional atual das crianças de 5 a 11 anos de idade e, relacionar com a adoção de hábitos e estilos de vida praticados pelos encarregados de educação, bem como, avaliar a ação da educação alimentar na alteração de hábitos alimentares. Métodos: Foram avaliadas 100 crianças divididas por género e por idade pré-escolar e escolar, tendo sido recolhidos dados antropométricos (peso e estatura) e dados relativos ao estilo de vida e hábitos alimentares. A partir do peso e da estatura calculou-se o IMC. Foi avaliado o estado nutricional das crianças, de acordo com os critérios CDC (2002). A caraterização dos hábitos alimentares foi feita através de um questionário de frequência alimentar dirigido aos encarregados de educação e, foram desenvolvidas ações de educação alimentar junto das crianças com o intuito de transmitir conhecimentos e levar à prática de uma alimentação mais saudável. Resultados: O total da amostra apresentou uma elevada prevalência combinada de excesso de peso e obesidade (41%). Verificou-se uma associação positiva entre o consumo de hortofrutícolas e o IMC das crianças (p <0,05).Constatou-se também, que os hábitos alimentares praticados pelos encarregados de educação estão significativamente associados (p <0,05) às escolhas dos educandos. Houve uma melhoria no consumo de frutas e hortícolas consumidos antes e depois das atividades pedagógicas no grupo de crianças do pré-escolar. Conclusão: A percentagem de excesso de peso da amostra é superior às percentagens de outros estudos de prevalência realizados a nível nacional. O facto do consumo de hortofrutícolas se relacionar positivamente com as classes de IMC indica que, o aumento da ingestão diária desse grupo de alimentos, poderá contribuir para a diminuição de casos de excesso de peso e obesidade nas crianças estudadas. A associação positiva entre os hábitos alimentares dos pais com os hábitos dos filhos, confirmam a influência que o seio familiar representa nas escolhas alimentares das crianças. As diferenças significativas encontradas no consumo de frutas e hortícolas mostram que as ações educativas surtiram efeito na melhoria dos hábitos alimentares das crianças do pré-escolar.

Descrição

Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-27453TFCNHQA.

Palavras-chave

Educação alimentar , Hábitos alimentares , Idade escolar , Idade pré-escolar

Citação

CARAPITO, Telma Andreia Eusébio (2012) - Influência da educação alimentar na melhoria dos hábitos alimentares em crianças do JI e do CATL da cidade do Cartaxo. Castelo Branco : IPCB. ESA. 1 CD-ROM. Relatório do Trabalho de Fim de Curso de Nutrição Humana e Qualidade Alimentar.