Estado nutricional, práticas alimentares e conhecimentos de nutrição em crianças do 1.º, 2.º e 3.º ciclos: que relação?
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Data
2012
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Editora
IPCB. ESA
Resumo
A educação alimentar é essencial ao bom desenvolvimento das crianças e adolescentes, na
medida em que previne doenças e contribui para o bem estar dos indivíduos. É necessário criar
bons hábitos alimentares para que as crianças e adolescentes que possuem um peso normal
consigam mantê-lo à medida que crescem e para que as crianças e adolescentes que não
possuem um peso adequado o consigam melhorar.
Com o presente estudo, pretendeu-se, avaliar o estado nutricional (EN) das (104) crianças
e (257) adolescentes dos 1º, 2º e 3º ciclos da Escola Cidade de Castelo Branco e da Escola do 1º
ciclo da Boa Esperança, com idades compreendidas entre os 6 e os 16 anos, estudar a associação
entre o mesmo e as práticas alimentares dos indivíduos e estudar uma possível relação da
prevalência da obesidade com os conhecimentos em nutrição dos alunos e a escolaridade dos
seus pais.
Foi realizada uma avaliação do EN dos indivíduos, tendo a classificação sido feita através
das tabelas de percentil do Índice de Massa Corporal (IMC) para a idade da Organização Mundial
de Saúde (OMS) (2007), com a medição do seu peso e altura e do posterior cálculo do IMC. Todos
os dados foram tratados no programa de análise estatística IBM Statistical Package for the Social
Sciences (SPSS), versão 20.0 para Windows (SPSS Inc, Chicago, USA 2011) de onde se obtiveram
os resultados.
Na avaliação do EN, foi possível perceber, quanto às crianças, que 1,9% (n=2) dos
indivíduos estavam em estado de magreza, 75% (n=78) dos indivíduos apresentavam um EN
normal, 18,3% (n=19) apresentavam excesso de peso e 4,8% (n=5) eram obesos. Quanto aos
adolescentes, verificou-se que 2,7% (n=7) dos indivíduos estavam em estado de magreza, 78,6%
(n=202) dos indivíduos apresentavam um EN normal, 14,8% (n=38) apresentavam excesso de peso
e 3,9% (n=10) eram obesos.
Verificaram-se diferenças com significância estatística entre o EN das crianças e o seu
consumo de hortícolas (p=0,02), em que um maior consumo estava relacionado com uma menor
prevalência de obesidade e, quanto às relações entre o EN dos indivíduos e os seus
conhecimentos sobre nutrição e alimentação e entre o EN dos indivíduos e a escolaridade do seu
encarregado de educação, não se verificaram diferenças com significância estatística.
Não obstante os resultados obtidos, a educação alimentar é de grande importância nas
crianças e adolescentes, sendo necessário educar no sentido não só de dizer o que comer mas
também explicar o porquê e as implicações desse consumo na promoção da saúde e na
prevenção da doença, contribuindo-se para a instalação de hábitos alimentares saudáveis.
Descrição
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-27384TFCNHQA.
Palavras-chave
Educação alimentar , Crianças , Adolescentes , Estado nutricional , Hábitos alimentares
Citação
MAGINA, Rute Alexandra dos Santos (2012) - Estado nutricional, práticas alimentares e conhecimentos de nutrição em crianças do 1.º, 2.º e 3.º ciclos: que relação?. Castelo Branco : IPCB. ESA. 1 CD-ROM. Relatório do Trabalho de Fim de Curso de Nutrição Humana e Qualidade Alimentar.