Influência de diversos tipos de cobertura vegetal na erosão verificada num solo litólico de xisto na região de Castelo Branco

Abstract

A erosão hídrica dos solos é um problema preocupante, podendo alterar significativamente o equilíbrio dos ecossistemas, sendo uma das causas que mais contribui para a desertificação de extensas áreas, quer a nível do país quer a nível mundial. A importância da protecção do solo é cada vez mais reconhecida a nível internacional, cujo objectivo é controlar a erosão, utilizando práticas conservativas e modelos de previsão de perdas de erosão. Neste contexto, o estudo que se apresenta, tem como objectivo a temática da erosão hídrica enquadrada numa perspectiva de conservação do solo e dos recursos hídricos, assim como, conhecer os possíveis efeitos da vegetação e sua influência nas taxas de erosão. Foram calculados os parâmetros C, R e K através da Equação Universal de Perdas de Solo (USLE), nas condições do Campo Experimental de Erosão da Escola Superior Agrária de Castelo Branco, em solos derivados de xisto. Também foi calculado o factor K com base na análise de solos (Anexo IV) e concluiu-se que o seu valor é superior ao K determinado experimentalmente, o que conduz a maiores perdas de solo do que aquelas resultantes da USLE. Concluiu-se que o Prado de Sequeiro é a cultura que oferece maior protecção ao solo, visto que foi a que apresentou a menor perda de solo. Dado que a areia grossa foi a fracção granulométrica menos arrastada em todas as modalidades, sendo a argila e o limo as mais arrastadas (Figura 8), há uma diminuição da fertilidade do solo, havendo a tendência para evoluir para um solo arenoso, pobre em matéria orgânica, não sendo dos mais apropriados para um bom desenvolvimento das plantas. Os valores de um ano não permitem conclusões definitivas, mas poderão contribuir para verificar tendências.