Influência da mosca da azeitona Bactrocera oleae (Gmelin) na qualidade do azeite

Abstract

Este trabalho foi realizado na Quinta da Senhora de Mércules, pertencente à Escola Superior Agrária de Castelo Branco, em 1995. Foi efectuada a monotorização de populações da mosca da azeitona - Bactrocera oleae (Gmelin), com armadilhas cromotrópicas, armadilhas quimiotrópicas e armadilhas sexuais, na previsão das curvas-de-voo e número de gerações. Conclui-se que as armadilhas sexuais foram as que maior número de moscas da azeitona capturou. Os níveis de infestação nos frutos, devidos à Bactrocera oleae atingiram 82% na altura da colheita. A qualidade do azeite foi avaliada em azeitonas atacadas por mosca da azeitona e por gafa (Gloeosporium olivarum), pela acidez, pelo índice de peróxidos e pela absorvância no ultravioleta (K270). Um azeite com 64% de frutos atacados, por Bactrocera oleae e Gloeosporium olivarum, apresenta uma acidez de 1,7 graus e um com 41% de frutos atacados, apresenta uma acidez de 0,5 graus. Concluindo-se que a qualidade do azeite é menor, com o aumento do grau de infestação.