Estudo da visibilidade em postos de vigia e da sua influência na vigilância de incêndios florestais

Abstract

Os incêndios florestais constituem um problema que em Portugal se tem vindo a agravar nas últimas décadas, representando importantes perdas em termos económicos e ecológicos. A prevenção e a detecção precoce dos incêndios são factores decisivos para a minimização dos danos provocados e para a redução das despesas associadas ao seu combate. Em Portugal existem diversos sistemas de vigilância que são utilizados de forma complementar, sendo que um dos mais importantes é constituído por uma rede de 237 postos de vigia. Para um correcto planeamento e uma eficaz gestão desta rede, integrada num sistema de detecção mais vasto, é essencial o conhecimento das áreas do território nacional cobertas pelos postos de vigia, e a delimitação de áreas de vigilância prioritária. Uma das formas mais expeditas de cartografar as áreas que são visíveis ou não visíveis numa dada região, consiste na utilização de programas informáticos específicos designados por Sistemas de Informação Geográfica (SIG); porém a elaboração de cartografia de visibilidades é uma questão complexa, devido ao grande número de factores que a influenciam, podendo os resultados obtidos variar extraordinariamente consoante os métodos e critérios utilizados. Neste trabalho apresentam-se e discutem-se algumas metodologias para a elaboração de uma carta nacional de visibilidades e de uma carta de prioridades de vigilância, e analisam-se os resultados obtidos.