Título: Contribuição para o estudo da bioecologia e previsão de riscos da Rhagoletis cerasi L. (mosca-da-cereja) na região da Cova da Beira
Autor: Roque, Miguel Nuno da Cunha
metadata.dc.contributor.advisor: Luz, João Pedro Martins da
Data: 1991
Resumo: A região da Cova da Beira é uma área frutícola por excelência, responsável por uma parte apreciável da produção nacional de maçã, cereja e pêssego. Além destas culturas encontra-se ainda vinha, pomares de pereira e ameixeira, olival e, mais recentemente, actinídia (kiwi), aveleira e pequenos frutos. O castanheiro também aparece em povoamentos tradicionais mais ou menos dispersos e irregulares (RAMOS, 1990). A área destinada à cultura da cerejeira tem vindo a aumentar anualmente, embora não se possam precisar com rigor valores de produção e rendimentos unitários nem sequer a própria superfície cultivada (LUZ, 1987). SARAIVA (1985) estimou a área nacional de cerejeira em 4 000 ha, ou seja cerca de 0,3% da área frutícola total. Segundo o Ministério do Planeamento e Administração do Território (MPAT, 1989), a área ocupada pela cultura, na região da Cova da Beira, deve situar-se em cerca de 1 200 ha, 80% dos quais no concelho do Fundão. Aproveitando as características edafo-climáticas específicas desta região os fruticultores têm vindo a implantar novos pomares, apresentando esta cultura um grande incremento nos últimos anos. Apesar deste aumento da área cultivada, a cerejeira debate-se com alguns problemas agrupados em duas ordens distintas: uma cultural e outra sanitária. Os pomares mais antigos, enxertados em porta-enxertos francos, apresentam um porte demasiado alto conduzindo a elevados custos de colheita. Os pomares mais recentes enxertados em Prunus mahaleb L. (cerejeira Santa Lúcia) apresentam alguns problemas de falta de afinidade, especialmente com as cultivares do tipo “Bigarreaux”, que só se fazem sentir com gravidade ao fim de alguns anos. A agravar esta situação é de referir que muitos dos pomares de cerejeira, especialmente os mais recentes, estão atacados de cancro bacteriano (referido localmente por gomose), muitas vezes já a partir do material de propagação. Alguns destes problemas sanitários estão frequentemente associados com os casos de incompatibilidade de enxertia (RAMOS, 1990). Segundo a legislação portuguesa em vigor referente à exportação de cereja para Inglaterra, em virtude das exigências fitossanitárias deste país apenas é possível exportar cerejas até ao dia 30 de Maio de cada ano. Estas restrições tornam bastante difícil, sobretudo em certos anos, enviar qualquer cereja de qualidade com valor significativo (MATOS, 1978). Dado o elevado valor que a cereja representa para a economia da Cova da Beira, não se torna necessário realçar o interesse e a necessidade em a apresentar sanitariamente isenta de parasitas, tanto no mercado externo como no interno (MATOS, 1978). Uma vez que as restrições do mercado se devem, fundamentalmente, à presença da larva da Rhagoletis cerasi L. (mosca da cereja) nas cerejas produzidas em Portugal, tornou-se para nós essencial contribuir para um estudo da bioecologia e previsão de riscos desta praga, de forma a tentar definir os períodos de risco de ataques, a presença de larvas nos frutos e a sua importância, o estabelecimento das correctas intervenções fitossanitárias e a adopção da armadilha cromotrópica mais eficiente. A variabilidade das condições meteorológicas ao longo dos anos torna este estudo demorado para se conseguirem conhecimentos válidos sobre as relações praga—hospedeiro—ambiente, acompanhando-o com uma breve caracterização de alguns insectos auxiliares mais frequentes.
Descrição: Relatório do Trabalho de Fim de Curso de Produção Agrícola.
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-11621TFCPAG.
URI: https://minerva.ipcb.pt/handle/123456789/2308
Tipo de Documento: Relatório
Aparece nas colecções:ESACB - Produção Agrícola

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