Título: A técnica da não-mobilização num olival de Castelo Branco
Autor: Miranda, Eduardo Ramiro
metadata.dc.contributor.advisor: Luz, João Pedro Martins da
Data: 1991
Citação: MIRANDA, Eduardo Ramiro (1991) - A técnica da não-mobilização num olival de Castelo Branco. Castelo Branco : IPCB. ESA. Relatório do Trabalho de Fim de Curso de Produção Agrícola.
Resumo: Como símbolo de uma civilização a cultura da oliveira tem-se imposto através dos tempos, tendo constituído durante séculos, um dos pilares da agricultura de todos os povos do Mediterrâneo. De origem antiquíssima, tanto que se confunde com a história do homem, a oliveira tem desempenhado entre nós uma função económica, visto que é um sector que constitui a actividade essencial de regiões inteiras; social, tendo em conta a percentagem muito elevada de mão-de-obra ocupada na produção, transformação e distribuição do azeite; agronómica, dada a impossibilidade de substituir a oliveira por culturas alternativas economicamente válidas; e também ecológica estando ligada à conservação dos solos, à defesa da paisagem e à qualidade de vida da população. Segundo a C.O.I. (Conselho Oleícola Internacional), a superfície mundial dedicada ao cultivo da oliveira, é superior a 10 milhões de hectares, cabendo a Portugal cerca de 1.100.00 hectares. Destes, apenas 316.000 são considerados produtivos, encontrando-se disseminados pela quase totalidade do território continental, integrando a actividade de cerca de 190.000 explorações agrícolas, com uma superfície média de 1,7 ha/exploração produzindo no seu conjunto uma média de 255.000 toneladas de azeitona e contribuindo com cerca de 5% do Produto Vegetal Bruto (Anónimo, 1988). A olivicultura portuguesa atravessa uma grave crise económica, com fraca rendibilidade, mau estado fisiológico e sanitário do olival e abaixamento em larga escala da qualidade do azeite (Almeida, 1981). Uma política de preços durante longos anos que não acompanhou os custos, o aparecimento de outros óleos alimentares com menores custos de produção, a emigração e consequente encarecimento da mão-de-obra e ainda as técnicas culturais erradas por parte de muitos agricultores, são as causas principais pelo declínio da olivicultura portuguesa (FEIO, 1991). Na fig. 1, podemos ver a evolução da produção de azeite desde a década de 1921-30, até à década de 1981-90. A região de Castelo Branco, ocupa um lugar de destaque dentro da olivicultura nacional, uma vez que tem uma grande aptidão para produzir azeite de elevada qualidade. Como se pode observar na fig.2, este distrito contribui a nível nacional com certa de 8% a 12% do azeite total, no decénio de 1978-87, apresentando a terceira posição de azeite de qualidade até 1,5º de acidez (fig.3), com 13,1% da produção total para esse nível de acidez. A cultura da oliveira é uma das nossas mais relevantes produções agro-alimentares quer do ponto de vista económico, quer social, por isso, torna-se urgente realizar acções de reestruturação e reconversão, tendo em vista a valorização do olival nacional, aumentando a sua produtividade, reduzindo os custos de produção e melhorando a qualidade do produto, ou seja, aumentar a competitividade face aos outros países produtores. Na maioria dos países, o olival tradicional tem vindo a ser melhorado de acordo com as novas técnicas culturais: mecanização da colheita de azeitona, fertilizações adequadas, podas racionais, cultivo intensivo do olival, rega localizada, manutenção do solo, etc. Sendo a lavoura o sistema de manutenção do solo mais largamente utilizado pelos agricultores, não quer dizer que seja o mais adequado, pois hoje existem outras técnicas culturais, como as técnicas de não-mobilização, que conduzem a uma diminuição dos custos de produção e aumento da produtividade, inserindo-se por isso, no novo panorama da olivicultura. Estas técnicas fundamentam-se na aplicação de herbicidas, pelo que o agricultor deverá conhecer os problemas que se colocam ao emprego destes produtos: substâncias activas disponíveis, selectividade para a cultura, tipo de infestantes a combater, técnica e momento óptimo de aplicação. Com o presente trabalho pretendemos apresentar alguns aspectos da técnica de não-mobilização em olival, e assumi-la como alternativa para uma diminuição dos custos de produção, aumentando a mesma, e diminuindo a mão-de-obra, bem como melhorar a estrutura dos solos onde os olivais se encontram instalados.
Descrição: Relatório do Trabalho de Fim de Curso de Produção Agrícola.
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-13634TFCPAG.
URI: https://minerva.ipcb.pt/handle/123456789/2166
Tipo de Documento: Relatório
Aparece nas colecções:ESACB - Produção Agrícola

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