Influência do plano alimentar na adaptação a alimento inerte e crescimento do linguado (Solea senegalensis, Kaup 1858)

Abstract

A produção em aquacultura do linguado Senegalês está limitada pela disponibilidade de juvenis desta espécie, em grande parte devido a problemas durante a fase de adaptação ao alimento inerte nos primeiros meses de vida. Este estudo englobou três experiências. Na primeira experiência testaram-se dois regimes alimentares (Artemia e rotíferos) à primeira alimentação. Na segunda experiência, testaram-se larvas provenientes de diferentes regimes alimentares durante a fase pelágica e a frequência alimentar do alimento inerte. Na terceira experiência estudaram-se as diferenças de performance em peixes submetidos a alimento inerte em diferentes idades. Na primeira experiência o crescimento das larvas alimentadas com Artemia foi superior às alimentadas com rotíferos, enquanto que para as taxas de sobrevivência se verificou o oposto. Na segunda experiência os peixes alimentados com Artemia e alimento inerte durante 12h/dia apresentavam um crescimento superior aos outros tratamentos, enquanto que a melhor taxa de sobrevivência foi observada no tratamento rotíferos e 24h/dia de alimento inerte. Na terceira experiência os peixes foram afectados por mortalidades elevadas, com uma melhor sobrevivência a ser observada nos peixes adaptados ao alimento inerte com um peso médio de 40 mg. Deste estudo conclui-se que o plano alimentar é importante nas taxas de sobrevivência e performance de crescimento das larvas e pós-larvas de linguado.