Influência da variação do regime alimentar na composição química do leite de vacas Holstein-Friesian

Abstract

O presente trabalho foi realizado no sector de bovinicultura da Escola Superior Agrária de Castelo Branco. Com ele, pretendemos avaliar a influência do regime alimentar, onde se inclui a utilização de pastagens de diferentes consociações, na composição química do leite de vacas Holstein-Friesian. Para o efeito, escolheram-se vacas com diferentes números e fases de lactação que utilizaram, em pastoreio directo, diferentes parques com consociações de trevo branco x festuca, trevo violeta x aveia, espontâneas e azevém x trevo branco x festuca. Os parâmetros analisados, com colheita de amostras antes e depois da entrada dos animais, e os resultados médios obtidos foram: MS (19,74% ± 2,65) (P<0,05); MO (89,75% ± 1,46) (P<0,05); PB (17,90% ± 2,12) (P<0,05); GB (2,51% ± 0,26) (P<0,05) e NDF (41,74% ± 5,10) (P<0,05). Verificou-se que a evolução da composição química das pastagens dos diferentes parques foi influenciada pela composição florística dos mesmos e, de um modo geral, os parques com trevo branco x festuca tiveram uma evolução ligeiramente diferente das outras consociações. Em relação ao leite, os parâmetros produtivos analisados e os resultados médios obtidos foram: produção de leite (27,87 kg/d ± 6,16) (P>0,05); ST (12,62% ± 0,79) (P>0,05); TB (3,95% ± 0,56) (P>0,05); TP (3,25% ± 0,32) (P>0,05); ureia (302,72 ppm ± 71,97) (P<0,05) e lactose (4,70% ± 0,14) (P<0,05). Verificou-se que, de um modo geral, a consociação trevo branco x festuca permitiu maiores produções diárias de leite (P>0,05). Verificou-se também que o TB do leite das vacas obtido durante o pastoreio foi sempre superior (P>0,05) ao das vacas que não utilizaram pastoreio.