Qualidade e segurança alimentar na produção de leite de vaca

Abstract

Este trabalho foi realizado na fábrica de iogurtes situada em Castelo Branco (Danone Portugal S.A) e no Laboratório de microbiologia da Escola Superior Agrária de Castelo Branca De Janeiro a Novembro de 2002 foram seleccionadas ao acaso várias amostras de leite para controlo de qualidade. Foram analisados os seguintes parâmetros: contagem de células somáticas, Staphylococcus aureus, coliformes, estreptocccos ambientais bem como a contagem de microrganismos a 30°C. As amostras referidas anteriormente foram também submetidas à pesquisa de Listeria monocytogenes, aflatoxinas M1, resíduos de fármacos, poluentes ambientais (metais pesados, dioxina, PCBs, pesticidas, piretroides e radioactividade) e a pesquisa de aflatoxinas B1 em amostras de alimentos para bovinos. Listeria monocytogenes foi detectada em apenas duas amostras. As contagens médias mensais de microrganismos a 30°C foram sempre inferiores aos valores limite legalmente definidos. O valor médio das contagens de células somáticas médias mensais foi quase sempre inferior ao valor limite legal exceptuando 17% das amostras de leite analisadas. Foram detectadas algumas amostras de leite com resíduos de antibióticos acima do nível máximo autorizado, nomeadamente: novobiocinas, tetraciclinas, quinolonas, sulfamidas, aminoglucideos ou macrolidos. A pesquisa de aflatoxinas Ml revelou algumas amostras de leite (19%) com valores superiores aos legalmente definidos. No entanto, quando a aflatoxina B1 estava presente nas amostras de alimentos nunca ultrapassou os limites legais. Não foram detectados vestígios de farinhas de origem animal nos alimentos, nem de poluentes ambientais e fármacos (exceptuando as dioxinas e PCBs) nas amostras de alimentos e no leite.