Estudo da adaptação de cultivares pratenses a condições de sequeiro na região do Sabugal

Abstract

O trabalho que aqui se apresenta teve como objectivo, determinar a adaptação de espécies e cultivares pratenses à região do Sabugal. Foram ensaiadas quinze cultivares de trevo subterrâneo, seis cultivares de Luzernas anuais, uma cultivar de Luzerna vivaz, três cultivares de trevos anuais, duas cultivares de trevos vivazes, e uma cultivar de serradela. O local do ensaio situou-se na Colónia Agrícola Martim Rei, a 864 m de altitude distanciada de 3 km de Sabugal, pertencente à Zona Agrária do Cimo Côa, num solo de textura ligeira, sendo a sua origem pedológica os xistos ou grauvaques. Para simplificar a análise dos resultados, as cultivares foram divididas em três grupos: - Trevos subterrâneos - Outras cultivares anuais - Cultivares vivazes Cada grupo foi analisado separadamente tendo-se delineado os três ensaios em blocos completos casualizados, com 4 repetições cada. Os parâmetros estudados foram: início de floração, produção de matéria seca, teor em Matéria Seca, Proteína Bruta e ADF. Os resultados obtidos, permitiram avaliar a resposta das cultivares, contribuindo para caracterizar a sua adaptação a condições de solo e clima existentes na região. De salientar dentro dos trevos subterrâneos as cultivares Woogenellup, Clare e Karridale com elevadas produções de matéria seca, mostrando a sua boa adaptação à zona. No segundo ensaio, as espécies que tiveram maior produção de matéria seca foram respectivamente o trevo encarnado Contea e o trevo da Pérsia Maral, porém analisando os parâmetros químicos verificou-se que a cultivar Maral tem teores mais elevados de proteína e mais baixos de ADF. Em relação às cultivares vivazes foram os trevos brancos que obtiveram as maiores produções.