Título: Curvas de voo da mosca-da-cereja (Rhagoletis cerasi L.) e quantificação de prejuízos na região da Cova da Beira
Autor: Cardoso, João Carlos Ferreira
metadata.dc.contributor.advisor: Luz, João Pedro Martins da
Coutinho, José Pereira Ribeiro
Data: 1990
Citação: CARDOSO, João Paulo Ferreira (1990) - Curvas de voo da mosca-da-cereja (Rhagoletis cerasi L.) e quantificação de prejuízos na região da Cova da Beira. Castelo Branco : ESA. IPCB. Relatório do Trabalho de Fim de Curso de Produção Agrícola.
Resumo: A cultura da cerejeira tem grande importância no Distrito de Castelo Branco, na conhecida região da Cova da Beira. A área destinada a esta cultura tem vindo a aumentar anualmente, embora não se possam precisar com rigor, valores de produções, rendimentos unitários, ou sequer a própria área cultivada (LUZ, 1987). Segundo o Ministério do Planeamento e Administração do Território (MPAT, 1989), a área ocupada por esta cultura, neste momento, é cerca de 1200 ha (sendo mais ou menos 80% do total no Concelho do Fundão). Esta cultura teve nos últimos anos uma enorme difusão na Cova da Beira com especial incidência na encosta norte da Serra da Gardunha. São inúmeros os novos pomares de cerejeira implantados, que aproveitando a especificidade do solo e clima desta zona, fazem da Cova da Beira uma região de excepcional vocação para a produção de cereja A expansão incontrolada que a cultura tem tido, está ligada quer ao aumento da procura da cerejeira e ao elevado rendimento que mesmo as pequenas plantações proporcionam, quer ao facto de o consumo de maçã ter baixado, obrigando à substituição dos pomares mais antigos, produtores de fruta de menor qualidade. A ideia generalizada do fruticultor de que a cerejeira não necessita de tratamentos fitossanitários tem levado a que muitas doenças e pragas tenham atingido proporções merecedoras de atenção. De facto são urgentes medidas fitossanitárias e culturais que evitem a morte prematura de muitas árvores. A propagação vegetativa, feita pelos “viveiristas” e pelos fruticultores da região, sem os necessários cuidados fitossanitários, têm sido igualmente responsáveis pelo alastramento de graves doenças na região, a que urge igualmente reduzir os prejuízos. Dado o elevado valor que a cereja representa para a economia de certas regiões, nomeadamente da Cova da Beira e de Lamego, consideradas as mais importantes do país, desnecessário se torna realçar o interesse e a necessidade em apresentá-la sanitariamente isenta de parasitas e agentes patogénicos, tanto no que respeita ao mercado externo como interno. No entanto deve ter-se em conta os elevados preços atingidos pela cereja no mercado interno que, na sua maioria, são superiores aos dos outros países da Europa Comunitária. Provavelmente porque o mercado interno tem vindo a absorver quase por completo a produção Nacional. Esta realidade tenderá a esvanecer-se a curto prazo, quer pelo provável aumento da produção nacional, quer por uma concorrência ligada ao facto de sermos um parceiro da Europa Comunitária. Segundo a 1egis1ação em vigor referente á exportação de cereja para Inglaterra, o mercado inglês proíbe a entrada da cereja a partir do dia 15 de Junho, a não ser que estas sejam acompanhadas de um certificado, que comprove o seu estado sanitário (BALACHOWSKY e MESNIL, 1935). Estas restrições, para as nossas condições climáticas, em que pode haver atrasos na maturação, tornam bastante difícil, sobretudo em certos anos, enviar qualquer cereja de qualidade com valor significativo (MATOS, 1978a). Dado que estas restrições se devem sobretudo à presença da Rhagoletis cerasi no nosso país, um estudo cuidado e minucioso da observação biecológica desta praga será indispensável para a definição dos períodos de risco de ataque, determinação da sua importância e para o estabelecimento das intervenções fitossanitárias. No entanto a complexidade dos factores inerentes a este trabalho e a variação das condições meteorológicas de um ano para o outro, tornam estes estudos morosos, para que consigamos os necessários conhecimentos sobre as relações praga-hospedeiro-clima.
Descrição: Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-10948TFCEARA ; C30-10949TFCEARA.
URI: https://minerva.ipcb.pt/handle/123456789/1407
Tipo de Documento: Relatório
Aparece nas colecções:ESACB - Produção Agrícola

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