Estudo comparativo de adaptação de algumas espécies forrageiras anuais em sequeiro

Abstract

1.1. IMPORTÃNCIA DO TRABALHO DESENVOLVIDO

Há alguns anos que a pecuária do nosso país, se vem desenvolvendo, sobretudo na região sul, até então predominantemente orientada para a produção cerealífera. O aumento da produção animal nesta região deve-se a diversos factores que vão desde, custos elevados das produções de cereais, previsão da alteração de preços dos cereais ao agricultor aliado aos excedentes na CEE, inadaptação das culturas cerealíferas em determinados solos ou situações que conduzem a baixas produções por hectare, valorização da pecuária e necessidade de satisfação alimentar em carne e leite das populações, hoje, com maior poder de aquisição. Estes factores entre outros, que reputamos de maior importância, acompanhados pelo crescente aumento de áreas semeadas de pastagens e forragens levaram a que se inicia-se uma nova fase da agricultura alentejana. Contudo, a vontade de desenvolver a pecuária no aspecto qualitativo e quantitativo conduz o agricultor a tomar opções de culturas forrageiras, das quais pode depender a maior ou menor rentabilidade da sua exploração. Assim coloca-se em primeiro lugar o problema da alimentação animal, devido às oscilações na disponibilidade e qualidade das pastagens, nas zonas mediterrânicas, caracterizadas pelos longos períodos de seca alternados com períodos curtos de alta queda pluviométrica, o efeito destas irregularidades, embora possa ser minimizado através do maneio dos animais de forma a adaptar os seus ciclos fisiológicos ao crescimento das pastagens, poderá constituir em períodos críticos, um obstáculo à intensificação da produção animal, com as consequentes baixas de rendimentos das explorações. O trabalho do estudo de adaptação de espécies forrageiras numa determinada zona, que permita fornecer dados concretos ao agricultor constitui uma base para a reforma ou intensificação dos sistemas de exploração. Deste facto, resulta a importância de que este trabalho de estágio se reveste, dando uma contribuição modesta para a agricultura regional.