O contributo do Crédito Agrícola Mútuo no investimento na região da Beira Interior

Abstract

O Crédito Agrícola Mútuo cobre cerca de 65 % dos investimentos efectuados na Agricultura Portuguesa, dando uma dinâmica necessária ao seu desenvolvimento. A sua evolução tem-se acentuado nestes últimos anos. A implantação de novas tecnologias e actividades “Inovadoras’ têm vindo a aumentar com o rejuvenescimento do tecido empresarial, ajudando, com outra mentalidade, a um dinamismo diferente. O investimento em Portugal acelerou desde 1986, tendo um pico em 1992, este crescimento é devido à entrada de Portugal na Comunidade Europeia, agora União Europeia. A Beira Interior, como zona desfavorecida, tem vindo a aperfeiçoar-se nos seus produtos característicos e de excelentes qualidades, tais como o queijo, o azeite, a fruticultura, o melhoramento das suas raças de ovinos e caprinos e por em prática a produção do porco de montado, sendo excelente região para tal actividade. A procura dos esclarecimentos, por parte dos agricultores mais idosos, tem vindo a aumentar, significando a preocupação dos mesmos à rentabilidade das suas unidades produtivas. O investimento na Beira Interior, incide mais, no parqueamento e vedações das explorações, a implantação de novas queijarias, o aumento dos efectivos pecuários, o melhoramento dos seus pomares e olivais, a implantação de charcas e sistemas de rega. Nesta parte do trabalho descreve-se o papel do Crédito Agrícola Mútuo, a caracterização da Beira Interior e os investimentos efectuados.

A segunda parte do trabalho consta de um investimento na região referida, numa exploração simulada. Os cálculos foram efectuados em base de dados reais, através de tabelas e preços de mercado actualizados. O trabalho refere-se à implantação de um jovem agricultor numa exploração cedida pelo seu pai, bem como os equipamentos e efectivos pecuários antes do plano de melhoria. Os rendimentos foram calculados sem quaisquer tipos de ajuda a que futuramente pode vir a beneficiar, quer nos ovinos como nos bovinos, tendo que ter uma cota atribuída nas ovelhas reprodutoras e nas vacas aleitantes. Esta parte do trabalho vem complementar a primeira parte do estágio, em que é analisado um investimento na região