Queijo de Castelo Branco : alguns parâmetros

Abstract

É difícil, pelo menos, chegar às origens exactas da utilização do Rebanho ovino na produção leiteira. Sabe-se, no entanto, que o Rebanho de ovelhas acompanhou o desenvolvimento da civilização mediterrânica. Muitos escritos, e para só citar o Antigo Testamento, a Ilíada, a Odisseia, os Bucólicos, mencionam ou narram pastorais nos quais o Rebanho de ovelha acompanhava o homem de então. Ali se encontram igualmente referências à ordenha da ovelha e à fabricação do queijo. A maior parte dos queijos hoje fabricados a partir do leite de ovelha são os produtos de uma tradição ancestral. A sua origem é tanto mais incerta quanto ela é antiga e se encontra envolta em lenda.” (Assenat, 1985). É portanto de admitir que durante vários séculos, o leite tenha entrado na alimentação do homem, que o consumia directamente das fêmeas e com o andar dos tempos transformado em queijo. (Rebelo, 1983). Hoje em dia, e particularmente nesta região de Castelo Branco, a ovinicultura tem um papel relativamente importante. A produção de leite de ovelha é, quase exclusivamente, utilizada para o fabrico de queijo de ovelha, constituindo este um factor de relativa importância económica nesta região. É pois de salientar que o efectivo ovino na região (apenas os concelhos de Castelo Branco e Idanha-a-Nova), e segundo os dados da Ovibeira, é de 170.000 ovinos. No caso do queijo de Castelo Branco, este é curado pelo produtor e só após a cura é que é vendido. Os preços praticados neste ano de 1992, variam entre 1600$00 e 2000$00 por quilo de queijo. A produção total e anual de queijo nesta região está estimada em 2500 toneladas/ano. (IROMA, 1990)