Estudos de propagação em Crataegus monogyna

Date

2024

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Publisher

IPCB. ESA

Abstract

Esta investigação, efetuada no âmbito do estágio da Licenciatura em Agronomia, aborda o estudo da propagação do Pilriteiro (Crataegus monogyna Jacq.), uma espécie autóctone, com valor ecológico, ornamental e medicinal. O principal objetivo deste estudo foi a valorização da espécie, investigando as principais complexidades na sua propagação e procurando encontrar formas de superar essas dificuldades. Os ensaios decorreram nas instalações do Centro de Biotecnologia de Plantas da Beira Interior (CBPBI) e no Laboratório de Biologia da Escola Superior Agrária de Castelo Branco (ESACB). Foram testadas metodologias de propagação seminal ou sexuada e, vegetativa ou assexuada. Na propagação seminal, foram realizados ensaios in vitro e ex vitro. Nos ensaios in vitro efetuou-se germinação em placas de Petri (testaram-se diferentes períodos de estratificação e a influência da luz na quebra de dormência das sementes) e germinação em meio de cultura (testando-se o período de conservação da semente, os desinfetantes utilizados no processo de desinfeção e a remoção do endocarpo antes ou após o processo de desinfeção). Nos ensaios ex vitro foram testados dois substratos diferentes e as sementes foram submetidas ao mesmo período de estratificação (dez semanas a 21 ± 1°C e 16 semanas a 4°C). Na propagação vegetativa (macropropagação) utilizaram-se estacas terminais e intermédias tratadas com ácido indolbutírico (AIB) 0,5% (com um controlo para cada tipo de estaca sem regulador) e foi estudada também a micropropagação com explantes provenientes de germinação em meio de cultura. Os resultados obtidos demonstram que, no período em que decorreu o estágio, a germinação apenas ocorreu no ensaio in vitro em meio de cultura em todas as modalidades estudadas. Neste ensaio, as taxas de germinação mais elevadas (50%) e o período de latência mais baixo (5 dias) ocorreram quando foram usadas sementes frescas, desinfetadas com hipoclorito de sódio (NaOCl) nas duas modalidades de remoção do endocarpo. O tempo médio de germinação mais baixo aconteceu na modalidade em que a remoção do endocarpo foi anterior ao processo de desinfeção. Na propagação vegetativa não ocorreu enraizamento nas modalidades de macropropagação embora se tenha verificado formação de callus. As estacas intermédias foram favorecidas pelo tratamento com AIB 0,5%, enquanto as estacas terminais não foram beneficiadas pelo mesmo tratamento. Na micropropagação, a taxa média de multiplicação apurada na segunda avaliação (5,8 novos explantes por explante avaliado) foi superior à taxa média da primeira avaliação (3 novos explantes por explante avaliado).

Description

Keywords

Dormência, Propagação vegetativa, Espécies endógenas, Germinação, Pilriteiro

Citation

MOURA, Margarida da Conceição Ferreira Belela Ribas de (2024) - Estudos de propagação em Crataegus monogyna. Castelo Branco : IPCB. ESA. 26 p. Relatório do Trabalho de Fim de Curso de Agronomia.