Análise dos espaços exteriores públicos de Portalegre

Abstract

O presente trabalho foi realizado com o objectivo de proceder à análise dos espaços exteriores públicos da cidade de Portalegre, recorrendo a indicadores de qualidade de ambiente urbano, com o intuito de apoiar todo o processo de gestão dos mesmos. Pretende-se igualmente, sensibilizar e alertar os decisores e a população em geral, para a problemática da actual carência dos espaços exteriores públicos nos centros urbanos, para além de contribuir para uma base de informação útil aos serviços autárquicos. O trabalho foi estruturado em duas vertentes fundamentais, com diferentes objectivos - o estudo comparativo entre centros urbanos, avaliando a situação de Portalegre face a outros centros urbanos do Norte Alentejano; e o estudo da área intra-urbana de Portalegre, avaliando a distribuição dos espaços exteriores públicos na cidade, quer demográfica quer geograficamente. Todo o trabalho foi desenvolvido em ambiente SIG, procedendo-se, numa primeira fase ao cruzamento da informação recolhida (cartográfica e alfanumérica) e ao cálculo dos indicadores seleccionados, dos quais se concluiu acerca da situação actual de Portalegre no que toca à oferta de espaços exteriores públicos. A segunda fase do estudo, corresponde à caracterização dos espaços exteriores públicos da cidade de Portalegre, o que permitiu o cálculo de novos indicadores, concluindo-se sobre a distribuição dos espaços ao longo da cidade. Os resultados indicam uma menor oferta de espaços exteriores públicos da parte de Portalegre em oposição a Nisa, encontrando-se os restantes centros urbanos estudados (Campo Maior, Elvas e Ponte de Sôr) numa posição intermédia. Especificamente em Portalegre, é perceptível uma distribuição pouco homogénea destes espaços, com maior incidência nas zonas urbanas mais antigas, e maiores carências em zonas mais recentes. Existiu naturalmente, a preocupação de preparar alguns alertas aos decisores, relativamente às características menos favoráveis detectadas neste estudo, uma vez que o papel de quem analisa se direcciona à selecção, sintetização e crítica da informação, ou seja, o avaliador apenas deve comentar e apreciar os resultados deixando alertas.