Influência de quatro regimes de azoto em protecção integrada de tomateiro em estufa

Abstract

A cultura do tomateiro é dentro das culturas hortícolas a que tem maior importância económica, e a mais divulgada em todo o território nacional. Na Região Agrária da Beira Litoral, apesar de não ser uma região tradicionalmente com uma grande área de tomate em estufa, tem registado um crescimento regular nos últimos anos, facto associado às condições edafo-climáticas favoráveis e à rentabilidade do produto. O presente trabalho foi realizado no Centro Experimental do Loreto, Unidade Experimental da Direcção Regional da Agricultura da Beira Litoral (DRABL), tendo sido utilizada a variedade de tomate REUS. A estufa onde foi realizado o ensaio, dividiu-se em 2 blocos (I e II). Em cada bloco foram delineadas quatro modalidades de fertilização (Q, O1, O2, O3) com quatro repetições. As modalidades O1, O2 e O3 pertencem à fertilização orgânica e contêm teores em azoto total diferentes assim como nos nutrientes potássio, fósforo, cálcio e magnésio totais. E a modalidade Q pertence à fertilização mineral. Cada parcela elementar tinha 7,8 m2. Em todas as parcelas foi realizada a estimativa do risco e utilizados os registos da Protecção Integrada e avaliados os riscos dos inimigos da cultura. Foram feitas largadas do polinizador Bombus terrestris e do auxiliar Encarsia formosa. A produção de tomate obtida nas 4 modalidades de adubação foi idêntica, sendo as modalidades O2 e O3 as que registaram maiores produções e as Q e O1 as menores produções. O polinizador Bombus terrestris revelou ser um importante factor na precocidade e qualidade da produção. No ensaio as modalidades O2 e O3 foram aquelas que apresentaram o índice mais elevado relativamente à dureza, e as modalidades Q e O2 relativamente ao grau Brix. As pragas que mais atacaram a cultura foram tripes e mosquinha branca, revelando-se Encarsia formosa uma importante ajuda ao combate à mosquinha branca.