Aleitamento de vitelos com colostro fermentado naturalmente

Abstract

O trabalho foi realizado na vacaria da Herdade do Couto da Várzea, com objectivo de comparar o efeito da supressão de uma das sete refeições semanais de alimento lácteo sobre, a ingestão média diária de matéria seca (IMS), o ganho de peso diário (GPD), o índice de conversão alimentar (IC), a rejeição de alimento lácteo e a ocorrência de diarreias em vitelos, durante os 28 dias de aleitamento. Foram constituídos dois grupos de vitelos Holstein Friesian com 4 animais cada (2 machos e 2 fêmeas), o mais homogéneo possível em relação ao peso ao nascimento e ao sexo. Os vitelos do grupo 1 (G1) tiveram um regime alimentar normal enquanto, que os vitelos do grupo 2 (G2) receberam o alimento lácteo apenas em seis dias por semana. Em ambos os grupos os animais ingeriram colostro fermentado naturalmente à temperatura de Outono/Inverno. No final do ensaio, os vitelos do G2 obtiveram um ganho de peso diário superior aos do G1, sendo respectivamente de 0.589 Kg/dia (± 0.040) e de 0.498 Kg/dia (± 0.055). No entanto, o IC foi melhor no G1 (2412.6 gMs/kg peso ± 251.36) do que no G2 (2159.1 gMs/Kg peso ± 253.01). Nos dois grupos ocorreram rejeições de alimento lácteo, aquando da mudança do colostro fresco para o colostro fermentado naturalmente e ocorreram também diarreias. Economicamente, verificou-se uma redução nos custos dos vitelos do G2 em relação aos do G1.