Caracterização de cultivares de oliveira na região de Castelo Branco

Abstract

Com o objectivo de caracterizar algumas cultivares de oliveira na região de Castelo Branco, estudou-se a evolução da maturação de seis cultivares (Bical de Castelo Branco, Cobrançosa, Conserva de Elvas, Cordovil de Castelo Branco, Galega e Picual) e a composição dos azeites monovarietais destas seis cultivares e de mais três (Azeiteira, Cordovil Serpa e Maçanilha Carrasquenha de Almendralejo) instalado no olival na Quinta da Senhora de Mércules Escola Superior Agrária de Castelo Branco (ESACB). A cultivar Galega apresentou maturação mais precoce enquanto a Cobrançosa foi a cultivar que amadureceu mais tardiamente. Os resultados obtidos mostram que o aumento de peso durante o período de Verão e Outono se deve exclusivamente ao aumento da polpa, estando esta relacionada também com do teor em gordura e com o índice de maturação. Estes parâmetros variam inversamente com a resistência ao desprendimento dos frutos. Os azeites monovarietais obtidos mostram-se todos dentro dos parâmetros qualitativos estabelecidos pela Legislação Comunitária. Os azeites mais ricos em ácidos gordos monoinsaturados pertencem às cultivares Azeiteira, Cobrançosa, Galega, Maçanilha Carrasquenha Almendralejo e Picual, enquanto a Bical de Castelo Branco, Cordovil de Castelo Branco e Conserva de Elvas são mais ricas em polinsaturados. Os ácidos gordos saturados de uma forma geral apresentam valores muito idênticos. Os azeites apresentam uma boa estabilidade oxidativa, com valores superiores a quarenta horas.