Aplicação do método de análise de tronco em povoamentos de Pinus pinaster Aiton no distrito de Castelo Branco

Abstract

Dos 3055xl0^3 há (34,4%) de floresta existente em Portugal, são os povoamentos de Pinheiro bravo, a sua essência mais representativa com 40% (1232x10^3 ha) dessa área. É na zona centro do País que se situa a maior mancha contínua, da qual 65,7% pertence ao distrito de Castelo Branco. Nesta zona, a floresta é um recurso de grande importância para a população, mas a sua plena realização está dependente de uma série de condicionalismos. Aqui, onde domina o minifúndio, áreas médias de 0,5 a 2 ha com 85% de domínio privado, o investimento na floresta é normalmente baixo e o ordenamento do espaço depara com estrangulamentos de ordem prática, devido em parte às posições tradicionais defendidas pelos detentores da propriedade. É de salientar como factores determinantes, o nítido envelhecimento da população rural devido ao êxodo e à emigração, associado a uma elevada taxa de analfabetismo (34%) e a um baixa índice de quadros técnicos especializados. Resulta assim, um subaproveitamento do potencial produtivo destas áreas florestais, pela má condução das matas e pela sua exploração sem critérios de produção definidos, em geral segundo cortes selectivos pelo melhor, desvalorizando património genético destes povoamentos regenerados naturalmente. Também a existência de matos densos em sub-bosque aliado às deficientes infra-estruturas florestais como caminhos, aceiros e pequenas barragens, cria situações favoráveis à ocorrência de fogos. É assim a zona do pinhal. Integrado num estudo sobre crescimento e produção dos povoamentos de Pinheiro bravo na região, o presente trabalho, com base na aplicação do método de análise de tronco, pretende pesquisar as funções de crescimento, que melhor se ajustam às características de alguns povoamentos do distrito de Castelo Branco.