Aleitamento artificial em borregos de raça Merino da Beira Baixa

Abstract

Com vista a aprofundar os conhecimentos sobre a raça de ovinos Merino da Beira Baixa, no que diz respeito à sua resposta ao aleitamento artificial, foi estabelecido um grupo de trabalho constituído por 50 animais, 25 do sexo feminino, e 25 do sexo masculino. Estes animais foram sujeitos ao sistema de aleitamento artificial, com uma separação da mãe o mais cedo possível, na maioria dos casos logo após o nascimento. A técnica de aleitamento utilizada, foi através da máquina de aleitamento artificial automática, permanecendo os borregos 32 dias em período de aleitamento, após os quais se procedeu ao desmame. Para efeitos de comparação e análise estatística, foi estabelecido um grupo constituído pelo mesmo número, mas sujeito ao regime de aleitamento natural. Os animais constituintes deste lote permaneceram com as mães durante a noite, operando-se o desmame aos 32 dias. A avaliação dos resultados dos ganhos médios de peso vivo totais segundo o tipo de aleitamento, Artificial vs Natural, evidencia diferenças estatisticamente significativas para os pesos aos 10 dias (3,925 vs 4,503), não sendo encontradas para o peso aos 30 dias (7,303 vs 7,663), diferenças significativas. Nos ganhos médios diários, foram encontradas diferenças significativas para o intervalo (0-10) dias, segundo o tipo de aleitamento, Artificial, Natural, (0,092 vs 0,154), não apresentado o ganho médio diário no intervalo (10-30) diferenças estatisticamente significativas (0,169 vs 0,150). Dentro dos tipos de aleitamento não foram encontradas quaisquer diferenças significativas quer entre os animais de sexos diferentes ou provenientes de partos diferentes.