Caracterização de azeites monovarietais (campanha 2019-2020)

Abstract

A!cultura da oliveira é uma tradição em Portugal, havendo zonas de grande vocação olivícola, que se diferenciam pelas cultivares utilizadas. O conhecimento das características agronómicas e tecnológicas e dos azeites produzidos das cultivares utilizadas pelos olivicultores apresenta-se como um aspeto importante, para permitir não só escolher as de maior rendimento, bem como colocar no mercado um produto diferenciado. O objetivo do presente trabalho foi estudar as características de azeitonas e azeites, na campanha 2019/20, em duas regiões com vocação olivícola: Castelo!Branco e Viseu. As cultivares estudadas foram 3 de origem portuguesa, Azeiteira Cobrançosa e Galega Vulgar , e 3 de origem espanhola, Arbequina , Manzanilha e Picual . Nas azeitonas avaliou-se o teor em gordura e humidade e nos azeites. Determinaram-se os critérios de qualidade, a composição em ácidos gordos maioritários e os fenóis totais. As técnicas utilizadas na caracterização foram metodologias NIR e espectroscopia de absorção molecular. O teor em gordura (m.s.) das «cultivares estudadas variou entre 27,3 e 43,7%, constatando-se que as cultivares Arbequina e Picual, provenientes de Castelo Branco, são as que apresentam melhores rendimentos. Relativamente aos critérios de qualidade todos os azeites foram classificados como Azeite Virgem Extra . No que se refere à composição química os azeites monovarietais com teores mais elevados em ácido linoleico (>6!%) foram os de Arbequina (Viseu e Castelo!Branco) e e Cobrançosa (em Castelo Branco). Por seu turno, os teores em fenóis totais dos azeites monovarietais estudados variaram entre 364 e 1037mg GAE/kg!azeite, sendo os azeites Manzanilha e Picual (em Castelo!Branco) os que apresentaram teores mais elevados. P